O que é ser mãe? Por Terezinha Seibert

O que é ser mãe por Teresinha Seibert

Sumário

Em nossa série especial “O que é ser mãe?”, Terezinha Seibert compartilha sua história de vida, marcada pela dedicação, esforço e amor incondicional. Mãe de seis filhos, ela construiu sua família com poucos recursos e muito trabalho, enfrentando desafios desde muito jovem. Terezinha nos conta com suas próprias palavras como foi viver a maternidade em meio às dificuldades financeiras, ao trabalho árduo e às mudanças trazidas pelo tempo.

Para conhecer ainda mais a história de Terezinha Seibert, assista à entrevista completa no nosso canal:

Ser mãe em outros tempos

O início da maternidade

Terezinha Seibert se tornou mãe ainda muito jovem, em uma realidade bem diferente da atual. Adolescente, assumiu as responsabilidades da maternidade em meio a dificuldades financeiras, mas com laços familiares muito fortes.

“Tinha 16 anos… Deixa eu ver: minha primeira filha nasceu em abril e em junho eu fiz 17.”

Naquela época, a vida era simples. Terezinha e o marido começaram praticamente do zero, morando de favor e trabalhando na lavoura. Viver com pouco era parte do cotidiano, e o esforço era constante.

“Foi muito crítico. Morávamos de favor, plantando a terra de um primo. Nós não tínhamos nada, juntamos nossas sacolas e começamos… mas deu tudo certo.”

Sem conforto ou tecnologias, o que mantinha a família era a força de vontade e o amor. Enquanto o marido trabalhava fora, Terezinha cuidava da casa e dos filhos.

“Tinha muito amor, muito carinho. A gente era acostumado: o pai e a mãe também viviam assim. A gente era acostumado que a mulher faz as coisas de casa, não é como é hoje, era tudo com a mulher.”

Mesmo com tantas tarefas, ela dava conta de tudo: cuidava das crianças, mantinha a casa em ordem e ainda costurava para fora para ajudar nas despesas.

“A época era difícil, mas eles brincavam e eu trabalhava. Fazia o serviço da casa, cuidava deles e ainda costurava para fora, ganhando uns troquinhos.”

Terezinha lembra com carinho de como cada filho foi recebido com afeto, mesmo diante das dificuldades.

“Os filhos todos foram bem vindos. A gente amava ter criança. Eram tudo queridos, bom de cuidar”

Trabalho desde cedo

Entrevista - Teresinha Seibert - Trabalho desde cedo

Muito antes da maternidade, o trabalho já fazia parte da vida de Terezinha. Ainda criança, aos 11 anos, começou a trabalhar como doméstica, deixando para trás os estudos e a infância.

“Eu comecei a trabalhar como doméstica na cidade, com 11 anos.”

Seu primeiro emprego foi pesado para alguém tão jovem: a patroa estava doente e ela precisava cuidar da casa inteira.

“No meu primeiro emprego, a mulher estava de cama com o quinto filho. Eu tinha que fazer todo o serviço. Tinha uma lavourinha de mandioca no terreno deles, e eu arrancava mandioca de manhã cedo para pesar e vender para os vizinhos.”

Nessa época, o trabalho infantil era encarado como algo natural. A experiência moldou a força e a resiliência que ela carregaria para a vida adulta.

As perdas

A jornada da maternidade também trouxe perdas. Terezinha enfrentou dois abortos espontâneos: um antes da filha mais velha nascer, outro antes do filho caçula. Apesar disso, ela olha para o passado com carinho e gratidão.

“Era uma época bem diferente, bem difícil, não tinha micro-ondas, nem geladeira, nem coisa chique. Mas fomos felizes”

O apoio do marido foi essencial na criação dos filhos, e sua ausência ainda é sentida.

“Meu marido foi bom também, foi muito bom pra eles também. Ele sempre foi muito importante, os filhos sofreram quando ele se foi e eu também, ainda não consegui esquecer.”

Recordações

Entrevista - Teresinha Seibert - Recordações

Entre suas lembranças mais preciosas está um pingente de ouro, presente de um dos filhos no Dia das Mães. Nele está gravado, as fotos dos seis filhos ainda bebês, e, no verso, a imagem do marido.

“Esse pingente aqui, esse o meu filho mandou fazer de dia das mães para mim e no fundo tá o artista.”

Mais que uma joia, este  pingente é uma lembrança que reúne família e memórias em um só lugar. 

Presentear com joias em ouro, especialmente em datas significativas como o Dia das Mães, é uma forma de eternizar sentimentos. São peças que vão além do material: carregam histórias, afeto e tornam-se heranças afetivas que atravessam gerações. Uma joia pode simbolizar amor, gratidão e admiração e esse valor emocional é o que a torna tão especial.

Esse simbolismo se fortalece quando a joia traz, como um retrato, as imagens de quem amamos, assim como o pingente que a Terezinha guarda com tanto carinho e orgulho.

Se você está procurando um presente inesquecível para o Dia das Mães, conheça a nossa coleção especial Mães no site.

O que é ser mãe

Entrevista - Teresinha Seibert  - O que é ser mãe

Ao refletir sobre a maternidade, Terezinha resume sua visão com sabedoria: ser mãe é ter amor, coragem e resiliência.

“Para ser uma boa mãe, você tem que ter carinho, você tem que ter perspectiva de vida, não pode achar nada ruim, tem que enfrentar o que vier, se tem doenças tu tem que enfrentar porque é normal.”

Para ela, ser mãe é aceitar os desafios da vida sem perder a ternura e a força.

Terezinha também compartilha com seus filhos os princípios que carrega desde a infância: respeito, humildade e trabalho. Ensina que ninguém é melhor do que ninguém, que todos têm responsabilidades e que é preciso agir com amor.

“Não adianta tu brigar com ninguém, não adianta tu achar que tu é melhor que o outro, que ninguém é melhor que ninguém, cada um tem as suas coisas pra fazer, e fazer o que tem que fazer, não adianta  tu sentar ali e achar que o outro faz, tu tem que arregaçar as mangas e fazer, porque é pra isso que nós tamo aí, e muito carinho, muito amor.”

A maior alegria hoje

Hoje, aos 81 anos, a maior alegria de Terezinha é estar cercada pelos filhos, netos e bisnetos. Com carinho ela procura retribuir o que não pôde oferecer no passado, seja com um almoço especial, um presente ou simplesmente com a presença.

“O que eu não pude fazer quando eram pequenos, faço hoje. Se posso fazer uma comida boa ou dar um presente, faço. Se juntar no domingo é a maior alegria pra mim, quando posso ter tudo lá em casa.”

Mesmo quando tentam poupá-la de preocupações, Terezinha prefere saber de tudo:

“Eles me escondem quando eles estão doentes aí não, não, não vão contar pra mãe, pra mãe não ficar preocupada, me contem pra pelo menos pra rezar por eles, ao menos eu posso pedir a Deus ajuda” Terezinha complementa “quando eles saem de viagem, é pra me contar quando saem de casa, porque eu vou mandar o meu Deus junto com eles pra cuidar.”

O amor de Terezinha pelos filhos é incondicional e igual para todos.

“Amo eles de paixão. São muito queridos. E não tenho preferência: todos são iguais, todos são meus amores.”

A história de Terezinha é um exemplo de força, amor e dedicação. Entre dificuldades, trabalho e perdas, ela construiu uma vida pautada no carinho e no respeito. Ser mãe, para ela, é enfrentar os desafios diários com coragem, fé e um coração sempre aberto para os filhos.

Compartilhe!

Posts relacionados

Foto de Fluiarte
Fluiarte

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba um cupom de desconto!

Cadastre-se e ganhe um cupom de R$ 50 para usar em nosso site! São mais de 800 opções de joias em ouro.